| Split Payment x Drex Por Cleciane Severo* Dentre os temas mais polêmicos propostos pela Reforma Tributária, podemos destacar o funcionamento da forma de recolhimento e de pagamento por parte dos contribuintes, entrando em cena o Split Payment e Drex.
Mas antes, qual a finalidade de cada um? Split Payment - é uma ferramenta usada para fazer a separação (split) dos valores pagos pelos compradores, de forma automatizada: o valor referente ao tributo é destinado para o governo, enquanto o valor líquido do produto vai para o contribuinte (fornecedor). O Split Payment está sendo tratado pelo PLP 68/24, que estabelece os principais pontos quanto ao recolhimento do IBS e CBS na liquidação financeira da operação. Drex - será uma moeda digital brasileira, que utiliza a tecnologia blockchain, sendo produzida e regulamentada pelo Banco Central do Brasil, será utilizada como a versão digital do real brasileiro, com previsão para lançamento no ano de 2025. O Drex vai permitir vários tipos de transações financeiras com ativos digitais e contratos inteligentes. Esses serviços financeiros inteligentes serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central, oferecendo um sistema descentralizado que elimina a necessidade de intermediários, automatizando processos como a validação de transações e a geração de relatórios fiscais. Com os avanços da reforma, o Split Payment se tornou tema bastante abordado, especialmente em relação ao seu funcionamento após a regulamentação dos novos tributos, mas a sua relação com o Drex ainda é novidade, muito por conta que o sistema ainda não foi implementado. Com base nas análises e no contexto atual, é possível afirmar que o Split Payment pode, sim, estar relacionado ao Drex. Essa conexão decorre da natureza de ambos os instrumentos, que buscam modernizar e automatizar processos financeiros e tributários, promovendo maior controle e eficiência. Assim no uso dessas duas ferramentas teremos um sistema tributário e fiscal bem mais prático e simples, sendo o Split Payment para dividir automaticamente o valor de uma transação entre as partes envolvidas e os tributos devidos ao governo e com o Drex, que viabiliza a possibilidade de programar pagamentos automáticos de impostos, onde uma fração do valor de cada transação comercial seria imediatamente direcionada ao Tesouro Nacional. Essa unificação visa simplificar o processo de arrecadação de impostos e transações financeiras no Brasil, fazendo com que a sonegação fiscal diminua consideravelmente, principalmente quando se estima que no ano de 2023 o Brasil deixou de arrecadar aproximadamente R$ 600,00 bilhões em impostos. *Cleciane Severo é bacharel em Direito e integra o time de Conteúdo da Systax.
Referências
1. Banco Central do Brasil 2. R7 3. Portal da Reforma Tributária
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